Brasil Ignora Defesa na Estratégia de IA e Risco de Vulnerabilidade Aumenta
Especialistas alertam que o Brasil negligencia a aplicação militar da inteligência artificial (IA), deixando o país vulnerável em um cenário global onde potências investem fortemente em tecnologias de defesa autônomas.


Brasil Ignora Defesa na Estratégia de IA e Risco de Vulnerabilidade Aumenta
Especialistas alertam que o Brasil negligencia a aplicação militar da inteligência artificial (IA), deixando o país vulnerável em um cenário global onde potências investem fortemente em tecnologias de defesa autônomas.
Apesar de avanços em setores como agricultura e segurança pública, o Brasil ainda carece de uma estratégia robusta para integrar a inteligência artificial em sua defesa nacional. Especialistas apontam que a dependência de tecnologias estrangeiras pode comprometer a soberania e a segurança do país.
O professor doutor Teixeira Moita destaca que importar sistemas de IA de potências estrangeiras não é viável, pois tais sistemas podem conter vulnerabilidades ou permitir acesso a informações sensíveis por nações desenvolvedoras.
Embora o Exército Brasileiro tenha iniciado projetos que envolvem IA, como o desenvolvimento de drones marítimos em parceria com a empresa TideWise, os investimentos ainda são considerados insuficientes. O programa Pró-Pesquisa, por exemplo, destina R$ 50 mil por projeto, valor que especialistas consideram abaixo do necessário para avanços significativos.
Além disso, diretrizes recentes do Exército enfatizam a necessidade de manter o controle humano em decisões críticas envolvendo IA, especialmente aquelas que podem resultar em perdas de vidas, refletindo preocupações éticas e operacionais.
A Força Aérea Brasileira também tem adotado IA para aprimorar operações aeroespaciais, visando aumentar a eficiência e a prontidão em missões críticas.
Especialistas sugerem que o Brasil deve investir em desenvolvimento próprio de tecnologias de IA para defesa, evitando dependência externa e fortalecendo sua soberania. Parcerias estratégicas, como as estabelecidas no âmbito dos BRICS, podem facilitar a transferência de tecnologia e o desenvolvimento conjunto de sistemas de defesa avançados.
A falta de investimentos significativos em IA para defesa coloca o Brasil em desvantagem frente a potências como Estados Unidos, China e Rússia, que lideram o desenvolvimento de tecnologias militares autônomas. Especialistas alertam que, sem uma estratégia clara e investimentos adequados, o país pode enfrentar desafios para garantir sua segurança e soberania no cenário global.