Deepfakes de Políticos Usados em Golpes Financeiros no Brasil
O governo brasileiro processa a Meta por permitir a veiculação de anúncios fraudulentos com deepfakes de políticos, aplicando golpes financeiros em usuários do Facebook e Instagram.


Deepfakes de Políticos Usados em Golpes Financeiros no Brasil
O governo brasileiro processa a Meta por permitir a veiculação de anúncios fraudulentos com deepfakes de políticos, aplicando golpes financeiros em usuários do Facebook e Instagram.
O governo brasileiro iniciou um processo contra a Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, por permitir a veiculação de milhares de anúncios fraudulentos que utilizam deepfakes de políticos brasileiros. Esses anúncios, impulsionados por inteligência artificial, manipulam imagens e vozes de figuras públicas para aplicar golpes financeiros em usuários das plataformas.
Segundo estudos do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da UFRJ, entre março e maio de 2024, mais de 4.000 anúncios falsos foram identificados, utilizando deepfakes de políticos como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Nikolas Ferreira, entre outros. Esses anúncios promoviam uma falsa indenização da Serasa, direcionando usuários a sites fraudulentos para coletar dados pessoais.
Além disso, o NetLab identificou que 70,3% dos anúncios fraudulentos utilizavam ferramentas de inteligência artificial para criar vídeos manipulados, caracterizando deepfakes. Esses conteúdos visavam enganar os usuários, promovendo golpes financeiros e desinformação.
A Justiça brasileira também determinou que a Meta remova anúncios fraudulentos que utilizam deepfakes do empresário Luciano Hang, da Havan, sob pena de multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.
Em resposta, a Meta afirmou que está aprimorando suas tecnologias para combater atividades suspeitas e que colabora com as autoridades brasileiras para reduzir a incidência de conteúdos fraudulentos. A empresa também anunciou que, a partir de 2024, exigirá que anunciantes informem quando conteúdos forem alterados digitalmente ou criados por inteligência artificial, especialmente em anúncios políticos ou sociais.
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